Nasceu para nós o Príncipe da Paz
Queridos, “nasceu para nós um menino, um filho nos foi dado [...] e ele se chama ‘Conselheiro Maravilhoso’, ‘Deus forte’, ‘Pai para sempre’, ‘Príncipe da Paz’”. (Is 9, 5). Sim, nasceu para nós o Príncipe da Paz, Jesus Cristo, nosso Senhor!
O Natal é sempre uma oportunidade de refletirmos sobre o grande mistério da nossa fé que é a encarnação do Verbo. Como pode Deus descer das alturas para habitar em meio às criaturas? Como Deus em sua imensa majestade e divindade pode se abaixar para conviver em meio aos seres humanos tão frágeis e pecadores? Esse movimento do rebaixamento de Deus, ou a Kénosis, revela que Deus nunca quis ficar distante do ser humano, pelo contrário, sempre esteve presente, inclusive em momentos de incoerências e afastamento por parte da humanidade pecadora.
A carta aos Hebreus nos afirma o seguinte: “Muitas vezes e de muitos modos falou Deus aos nossos pais, pelos profetas; nestes dias que são os últimos, ele nos falou por meio do Filho” (Hb 1, 1-2). Deus não se afasta do ser humano e ao longo da história da salvação falou por meio dos patriarcas e profetas, mas para concretizar o seu plano de amor, enviou o próprio Filho como sinal do seu interesse por nós.
Ao longo da história da salvação percebemos as muitas vezes em que o ser humano quebrou a Aliança com Deus. Podemos, por exemplo, recordar a aliança com nossos primeiros pais no paraíso, a aliança com Noé, com o patriarca Abraão e com Moisés. Mas Deus não rompe a aliança com a humanidade, pois o seu amor é capaz de perdoar as nossas faltas. Estas levaram o ser humano a se afastar de Deus e a caminhar por um caminho de intolerância e violência. Isaías ao profetizar a vinda de um menino que seria capaz de reestabelecer a paz e a concórdia entre os povos, o chama de Príncipe da Paz. Este nome atribuído posteriormente a Jesus, mostra que a Paz é o grande tesouro da humanidade e que deve ser preservada e anunciada como caminho de salvação.
Hoje vemos nos noticiários várias notícias sobre guerras, ódio e violência, mas isso não acontece só longe de nós. Esta realidade também pode estar presente dentro de cada um quando não cultivamos a verdadeira Paz. O discurso de ódio leva a não nos relacionarmos com os nossos irmãos. A falta de amor causa atitudes de desprezo e indiferença pela vida do próximo. Se no natal vemos a imagem de um menino que nasce pobre em meio as palhas de uma manjedoura, quantas crianças, assim como Jesus, não têm um teto para nascer, pois foi destruído pelas bombas e ceifado pelos armamentos.
A primeira frase de Jesus quando aparece ressuscitado diante dos discípulos foi “A paz esteja convosco” (Jo 20, 19), esta paz não é apenas uma ausência de conflitos, mas é o shalom de Deus, é algo que transforma e renova o coração dos homens e das mulheres de boa vontade. O Papa Leão XIV em sua primeira aparição como novo papa da Igreja Católica, repete o gesto de Jesus e pronuncia: “A paz esteja convosco”. Esse sinal indica a preocupação da Igreja com a onda de violência espalhada por todo o mundo.
Que o Natal de Jesus possa renovar em nós o desejo e a busca pela Paz. Ele é o príncipe da Paz e quer que todos os seus filhos e filhas estejam irmanados nesse mesmo sentimento de amor e concórdia, união e fraternidade. Que o novo ano que se inicia seja um recomeço para cada um de nós na busca sincera de sermos arautos da paz. “Renovo a recomendação que fiz e que nunca é demais fazê-la, a de rezar pela paz” (São Vicente de Paulo).
Padre Allan Júnio Ferreira
Assessor Espiritual do CNB
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