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Dia Nacional do Combate à Pobreza: um chamado vicentino à esperança, à caridade e à ação transformadora

Data reforça o chamado vicentino para unir caridade, justiça e ação transformadora, especialmente neste tempo de Advento e preparação para o Natal

Escrito por Redação SSVP

14 DEZ 2025 - 09H00

14 de dezembro marca o Dia Nacional do Combate à Pobreza, uma data que convida toda a sociedade a refletir sobre a desigualdade no Brasil e a renovar o compromisso com a promoção da dignidade humana. Para a SSVP, este dia representa mais do que uma pauta social: é um apelo espiritual e evangélico que toca diretamente o carisma vicentino: servir Cristo presente na pessoa dos Pobres.

A missão vicentina sempre entendeu que o combate à pobreza não se limita a assistência material, mas nasce do encontro com Jesus Cristo que se fez Pobre. São Vicente de Paulo e o bem-aventurado Frederico Ozanam ensinaram que cada visita, cada prato de comida, cada escuta e cada abraço oferecido aos que sofrem tornam visível a caridade que se transforma em justiça. Servir é amar. Amar é reparar. Reparar é evangelizar.

No contexto litúrgico, celebrar esta data em plena preparação para o Natal e durante o Advento ganha um significado ainda mais profundo. Esperamos o Deus Menino que vem humilde, nascido numa manjedoura, identificado com os pequenos. No presépio, pobre e simples, aprendemos que a verdadeira riqueza está na acolhida, na solidariedade e na partilha.

É neste espírito que compartilhamos a reflexão preparada pelo Padre Tito Marega, dos Religiosos de São Vicente de Paulo, que ilumina o Dia Nacional do Combate à Pobreza com espiritualidade, memória da Igreja e apelo à ação concreta:


Tu és a minha esperança (Sl. 71,5)

Um mês após a sua eleição, Papa Leão XIII redigiu sua mensagem para o 9º Dia Mundial dos Pobres que foi celebrado por 33º Domingo do Tempo Comum dia 16 de novembro de 2025. Entre essas duas datas ele já publicou a sua primeira Exortação Apostólica sobre o amor para com os Pobres.

Tudo isso fará mostrar o quanto é importante para ele, e para sua missão como papa, o cuidado para com os Pobres.

O coração da Igreja, por sua própria natureza, é solidário com os Pobres, excluídos e marginalizados com todos aqueles que são considerados “descartáveis” pela sociedade.

"Os Pobres possuem um lugar central na Igreja, porque deriva da nossa fé em Cristo que se fez Pobre, e sempre se aproximou dos Pobres e marginalizados, a preocupação pelo desenvolvimento integral dos mais abandonados da sociedade." (D.T)

Na sua mensagem o Santo Padre faz alusão ao Jubileu da Esperança que está chegando ao fim:

"Os Pobres não são um passatempo para a Igreja, mas sim os irmãos e irmãs mais amados, porque cada um deles, com sua experiência e também com as palavras e a sabedoria que trazem consigo, levam-nos a tocar com as mãos a verdade do Evangelho."

Este é o convite que emerge da celebração do Jubileu. Não é para acaso que a data seja celebrada no final deste ano de graça. Quando a Porta Santa for fechada, devemos conservar e transmitir os dons divinos que foram derramados nas nossas mãos ao longo de um ano inteiro de oração, conversão e testemunho.

Tudo isso revela a coerência do papa com o nome que ele escolheu na esteira de Leão XIII e sua encíclica em defesa dos trabalhadores na primeira revolução industrial. Nesta encíclica a "Rerum Novarum" ele defendia os operários que eram oprimidos e explorados pelas indústrias. O mesmo carisma vicentino, através dos fundadores da SSVP, Frederico Ozanam e seus companheiros, junto com outros jovens brilhantes do seu tempo, muito fizeram para remediar essa situação e elaborar leis mais justas para os trabalhadores.

E é por isso que o nosso papa encerra a sua mensagem com estas palavras:

“Desejo, portanto, que este Ano Jubilar possa incentivar o desenvolvimento de políticas de combate às antigas e novas formas de pobreza, além de novas iniciativas de apoio educativo e ajuda aos mais Pobres entre os Pobres. Congratulo-me com as iniciativas já existentes e com o empenho que é manifestado diariamente a nível internacional por um grande número de homens e mulheres de boa vontade.”, LEÃO PP. XIV.


A reflexão recorda que o combate à pobreza é ação pastoral, espiritual e social. É missão de fé. É compromisso com o Evangelho vivo. Quando servimos os Pobres, tocamos o próprio Cristo. E é isso que o Dia Nacional do Combate à Pobreza nos pede: memória, oração e ação concreta.

Neste 14 de dezembro, iluminados pelo Advento que nos prepara para a chegada de Jesus, renovemos a vocação vicentina: estar com os que sofrem, defender sua dignidade, ouvir suas dores e trabalhar para transformar suas realidades.

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