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Beato Marco Antônio Durando: missionário da caridade e fundador das Irmãs Nazarenas

Celebramos sua memória em 10 de dezembro

Escrito por Redação SSVP

10 DEZ 2025 - 09H00

No dia 10 de dezembro, a Família Vicentina celebra a memória do Beato Marco Antônio Durando, sacerdote da Congregação da Missão, homem de profunda espiritualidade, incansável no anúncio do Evangelho e na promoção da caridade. Seu testemunho permanece vivo na história da Igreja e na ação vicentina ao redor do mundo.

Infância e vocação missionária

Marco Antônio nasceu em 22 de maio de 1801, em Mondoví, na Itália, em uma família de fortes traços culturais e políticos. Enquanto parte de seus irmãos se destacaram na vida pública e militar durante o Risorgimento italiano, Marco Antônio seguiu os passos da fé ensinada por sua mãe. Desde jovem expressou o desejo de dedicar-se às missões, especialmente na China.

Em 1818, ingressou na Congregação da Missão, emitindo seus votos perpétuos aos 18 anos e sendo ordenado sacerdote em 12 de junho de 1824. Embora não tenha partido para a China, encontrou em sua própria terra o campo missionário que transformaria vidas.

Zelo pastoral e missão entre o povo

Durando dedicou grande parte de sua vida às missões populares, pregando com simplicidade e fervor. Seu anúncio do Evangelho despertava conversão e tocava o coração do povo. Um cronista da época relatou: “As pessoas se amontoavam para ouvi-lo, em silêncio absoluto, como se fossem um só homem.”

Mais do que pregar, colocava em prática o ensinamento de São Vicente de Paulo ao unir caridade material e espiritual. Em uma das missões, converteu todo o recurso arrecadado em alimentos para os Pobres, demonstrando que evangelizar é também servir concretamente quem sofre.

Amor aos Pobres e atuação com as Filhas da Caridade

Atento às necessidades do povo, o Beato Durando foi responsável por introduzir e fortalecer a presença das Filhas da Caridade no norte da Itália. A partir de 1833, as religiosas assumiram hospitais e obras assistenciais, alcançando grande expansão e promovendo iniciativas como creches, oficinas de formação para jovens e orfanatos. Sua sensibilidade social permitiu que Turim se tornasse referência de ações caritativas, com a criação das Casas da Misericórdia, de onde irmãs e leigos partiam ao encontro dos necessitados.

Fundador das Irmãs Nazarenas

Um marco importante de sua trajetória foi a fundação, em 1865, da Comunidade das Filhas da Paixão de Jesus de Nazaré, mais conhecidas como Irmãs Nazarenas. Inspiradas na Paixão de Cristo, as religiosas receberam a missão de cuidar dos doentes, consolar os que sofrem e acolher jovens abandonados, atuando dia e noite ao lado daqueles mais esquecidos pela sociedade.

Com coragem e visão espiritual, Durando confiou à Serva de Deus Luísa Borgiotti a orientação das primeiras integrantes. Seu carisma, centrado no crucificado que se revela nos Pobres, deu origem a conversões profundas e levou consolo a inúmeros enfermos e famílias.

Homem de governo e diretor espiritual

Em 1837, aos 36 anos, Durando foi nomeado Visitador da Província do Norte da Itália dos missionários vicentinos, cargo que exerceu por 43 anos. Foi orientador de comunidades religiosas, conselheiro respeitado e formador de sacerdotes. De espírito firme e coração manso, conduziu com prudência, fé e misericórdia, sempre atento à dignidade de cada pessoa.

Morte e reconhecimento da Igreja

O Beato Marco Antônio Durando faleceu em 10 de dezembro de 1880, aos 79 anos, em Turim. Seus restos mortais repousam no santuário da Paixão, junto à Igreja da Visitação, local de profunda espiritualidade para as Irmãs Nazarenas.

O processo de beatificação foi iniciado em 1928 e concluído após o reconhecimento de um milagre atribuído à sua intercessão. Em 20 de outubro de 2002, foi proclamado Beato pela Igreja, tornando-se para a Família Vicentina um exemplo de fé ativa, coragem missionária e amor preferencial pelos Pobres.

Exemplo para os vicentinos hoje

Celebrar o Beato Marco Antônio Durando é recordar que servir é a forma mais concreta de evangelizar. Seu legado inspira os vicentinos a:

  • viverem a missão com simplicidade e ardor;
  • unirem fé e ação, espiritualidade e serviço;
  • olharem para Jesus crucificado nos rostos dos Pobres;
  • promoverem iniciativas que transformem vidas e realidades.

Que seu testemunho nos ajude a seguir com alegria o carisma vicentino, levando esperança e misericórdia a quem mais precisa.

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