Os Projetos Sociais da SSVP chegam a todas as regiões do país. Oferecem novas ferramentas para jardineiros, cabelereiros, cozinheiros e artesãos, entre outros, além de capacitação em informática, por exemplo. “Nosso objetivo é expandir o horizonte das pessoas, oferecendo oportunidade”, explica Ester de Padua, gerente administrativa do Conselho Nacional Brasileiro da SSVP.
Anualmente, a SSVP convida a comunidade a inscrever Projetos Sociais capazes de mudar a realidade de famílias assistidas em todo o país. As Unidades Vicentinas de cada cidade apuram e escrevem os projetos, submetendo aos Conselhos Metropolitanos, que os inscrevem nacionalmente. Em 2020, foram cerca de 40 projetos contemplados e colocados em prática. Neste ano, os projetos terão investimento de R$ 302 mil ao todo. O período de inscrições está aberto até o final de maio e, após isso, será feita a seleção. A submissão dos projetos é realizada pelas unidades vicentinas.
“Em tempos de crise, precisamos ser inventivos e ter iniciativa. Buscamos transformar realidades, por isso encorajamos o empreendedorismo, para que cada assistido seja protagonista de sua mudança e de seu futuro”, afirma Ester.
Um dos exemplos de sucesso dos projetos sociais auxiliados pela SSVP é o “Projeto Arco Íris”, de Porto Seguro, na Bahia. Com a ajuda recebida neste ano pelo projeto, além do apoio, incentivo e recursos de vicentinos e demais pessoas da comunidade, o projeto pôde reformar seu espaço, utilizado para ensino à comunidade.
O projeto Arco íris teve início em 2004, quando a consócia Lícia, até então moradora do Rio Grande do Sul, mudou-se para Porto Seguro (BA) e passou a integrar as ações sociais da Igreja local, e, posteriormente, na Conferência Nossa Senhora do Brasil.
Uma vez em contato com a comunidade carente local, a consócia Lícia notou que muitos não tinham acesso a qualquer forma de capacitação profissional, o que os deixava com muitas restrições na busca por emprego e sustento às famílias.
Diante desse cenário, ela teve a ideia de criar um espaço que oferecesse, voluntariamente, cursos básicos para iniciação em costura, bordado, culinária, entre outros. “Com o tempo, fomos diversificando as atividades. Já tivemos aulas de espanhol, inglês, educação física, até oficina para produção de sabonete, para que as pessoas possam gerar sua própria renda. Realmente é muito gratificante ver o projeto dando frutos, criando futuro e possibilidades”, explica Lícia.
Após 15 anos dedicando-se ao Projeto Arco Íris, Lícia teve que voltar ao Rio Grande do Sul, mas as atividades do projeto continuam a todo vapor, integrando vicentinos de diferentes Conferências da cidade.
A consócia Michele Bandeira, da Conferência Nossa Senhora da Saúde e vice-diretora do projeto Arco Íris, foi quem inscreveu a iniciativa no CNB para solicitar auxílio para a reforma em 2020 e conta sobre a ideia. “As doações que recebemos são utilizadas para pagamento de custos básicos como água e luz. Por esse motivo, recorremos ao edital do CNB. Precisávamos de materiais para equipar as salas de aulas e a própria infraestrutura do ambiente. Foi muito gratificante poder contar com o auxílio e reformar o espaço, que será dedicado a aulas de reforço escolar em matemática e inglês, além de capacitação profissional, como preparo para limpeza industrial e mecânica. Ainda pretendemos montar uma sala para atendimento de enfermagem aos assistidos”, explica.