Tragédia em Mariana (MG): a lama que varreu do mapa comunidades e comprometeu o trabalho vicentino na região

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Tragédia em Mariana (MG) afeta Conferência Vicentina

O rompimento de uma das barragens da mineradora Samarco faz aniversário no próximo dia 5 de novembro. Há um ano, moradores de Mariana (MG) viviam o pior desastre ambiental da história do Brasil, que resultou em 19 mortes e centenas de desabrigados. Passados 365 dias, o cenário de destruição continua o mesmo. A lama não foi retirada do local; os distritos estão vazios e a vida vicentina ainda não conseguiu se restabelecer.

Na comunidade Paracatu de Baixo, varrida do mapa pela lama, funcionava a Conferência Santo Antônio. Os confrades e consócias dela estão hoje morando em bairros diferentes da cidade de Mariana e os membros não conseguiram mais se reunir. A presidente da Conferência era a consócia Maria da Cruz Gonçalves, que sonha com o dia quando a Unidade Vicentina voltará às atividades habituais. “Eu sempre choro todas as vezes que me lembro de nossas reuniões, de como eram alegres e de como éramos unidos. Tenho fé em São Vicente de Paulo que a nossa vida vicentina vai um dia voltar ao normal”.

Um dos distritos também atingidos foi o de Barretos, pertencente ao município de Barra Longa. Apesar da tragédia, os membros da Conferência local ainda se reúnem. Já em Paracatu, duas Conferências continuam desativadas, porque a exemplo da Conferência Santo Antônio, os vicentinos não moram mais perto uns dos outros depois que foram levados para Mariana.

A Samarco se comprometeu a reconstruir as áreas atingidas e, de acordo com os vicentinos locais, quando isto acontecer, a expectativa é de que todas as Conferências voltem a funcionar normalmente.

Em Governador Valadares, a lama não destruiu distritos, mas contaminou o Rio Doce, principal fonte de abastecimento de água no local. De acordo com o confrade Helio Pinheiro, que é membro do Conselho de Ética do Conselho Nacional do Brasil (CNB) e morador da cidade, a água continua barrenta e as pessoas têm medo de ingeri-la. “A água captada no Rio Doce não oferece segurança para seu consumo e praticamente é utilizada nos serviços gerais”. Ele ainda conta que o trabalho de entidades que fazem doação do líquido é muito importante, principalmente para aqueles que não têm condições de comprá-lo.

Na expectativa de animar os vicentinos, o presidente do Conselho Central de Mariana, confrade Elton Gomes de Freitas, comprou Regras (principal livro da SSVP) para serem distribuídas entre os confrades e consócias que perderam tudo com a lama. É a esperança de um recomeço!

Fonte: Redação do SSVPBRASIL, com dados da revista Boletim Brasileiro

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