É hora do almoço no Lar dos Velhinhos Frederico Ozanam, em Campo Mourão (PR). Cardápio do dia: arroz, feijão e salada. Durante esta pandemia do novo Coronavírus, por mais uma vez, os idosos não vão comer carne. As despesas aumentaram devido às medidas de prevenção e, em contrapartida, a receita diminuiu. Sem dinheiro, a solução encontrada é eliminar o que não for extremamente essencial. “Eu já não sei mais o que fazer. Meu maior medo é ter que fechar o Lar”, desabafa, chorando compulsivamente, a consócia Neusa Terezinha Cavalcante. Ela é a atual presidente da instituição.
O Lar tem 48 anos e
abriga 62 idosos. Ele sobrevive com 70% da aposentadoria dos residentes e
convênios. O dinheiro não é suficiente para arcar com todos os custos. A saída
para fechar as contas é o pedido de doações à comunidade e eventos
beneficentes. Um deles era o ‘Tradicional Churrasco do Lar’. O evento existia
há 40 anos e o lucro era de quase R$150 mil. Com a adoção de medidas
restritivas de convívio social, a festa foi cancelada.
Sem ter de onde tirar o
recurso, os problemas financeiros assombram tanto quanto o novo Coronavírus.
“Eu fico desesperada sem saber como vou pagar os funcionários e pagar todas as
contas”, revela Neusa Terezinha.
Os Lares são diferentes,
no entanto, os problemas são bem parecidos. Em Alto do Rio Doce, Minas Gerais,
o Lar São Vicente de Paulo só tem condições de servir carne três vezes por
semana. Isso, porque é doação. O estoque é para mais um mês. “Se não tivéssemos
ganhado, não sei nem como faríamos”, observa Leidiane Aparecida Morais,
auxiliar administrativo da instituição.
O Lar também sobrevive
com o benefício dos moradores. A Prefeitura paga R$60 por cada interno. Como a
instituição funciona 24h, oferecendo cuidado, alimentação e remédios, o
dinheiro não dá. O Lar está sempre em déficit. Assim como no Paraná, os eventos
de captação de recursos, a exemplo de show de prêmios e a festa junina,
precisaram ser suspensos.
A Obra Unida de
Alto do Rio Doce não teve nenhum caso de Coronavírus, e Lediane reza para que
continue assim. “Nós não temos condições de comprar os equipamentos de
segurança. Estamos usando máscaras caseiras que ganhamos. Não temos avental. O
uniforme é uma camisa que cada funcionário comprou”, desabafa.
A auxiliar administrativa
não vê a hora de tudo isso passar. “Quero que esta pandemia acabe logo para
podermos voltar com as nossas atividades normais, sem medo, e com menos
sobrecarga de trabalho”.
Fonte: Redação do
SSVPBRASIL
Dia da Caridade: expressão viva da fé cristã e do amor de Deus
Padre Eli comenta versículos da Bíblia sobre caridade.
SSVP faz 1ª Conferência Livre Nacional sobre os Direitos da Pessoa Idosa em Situação de Vulnerabilidade Social
As propostas serão encaminhadas a evento nacional
Escapulário no peito e caridade nas mãos: conheça a devoção a Nossa Senhora do Carmo na SSVP
No dia dedicado à padroeira da Região 5, celebramos a Santa do Escapulário e revelamos quantas unidades vicentinas levam o nome de Nossa Senhora do Carmo no Brasil
Boleto
Reportar erro!
Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:
Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.