No próximo dia 25, completam-se 4 meses do rompimento de uma barragem da Mineradora Vale, em Brumadinho (MG), que resultou em 240 pessoas mortas e 30 desaparecidas. Uma semana antes desta data, que marca o episódio tão triste vivido pela população, os membros do Departamento Missionário do Conselho Nacional do Brasil da Sociedade de São Vicente de Paulo (CNB/SSVP) chegam à cidade, onde levam solidariedade e apoio para as famílias direta ou indiretamente afetadas com a tragédia.
As Missões Vicentinas em Brumadinho começaram ontem (16) e vão até domingo. São 26 missionários voluntários envolvidos no projeto. “Por enquanto, as famílias têm recebido uma ajuda financeira. Neste momento, a principal necessidade delas é receber carinho, atenção... É de alguém que possa escutá-las e, por isso, estamos aqui”, descreve a consócia Margarete Santos, coordenadora do Departamento.
Os vicentinos estão dormindo no Lar dos Idosos da SSVP local. Durante todo o dia, eles fazem visitas à comunidade, em casas de vicentinos e não vicentinos.
"Esses dias achei um pé. Essa imagem não sai da minha cabeça, não estou conseguindo dormir”
[caption id="attachment_5804" align="alignnone" width="300"] Equipe missionária do CNB[/caption]
A solidariedade vicentina chega em um momento ainda de muita dor para quem vive em Brumadinho. A principal ajuda que a população local precisa é a humana. Falar sobre o sofrimento vivido é uma forma de amenizá-lo.
Um dos missionários ouviu o relato emocionado do funcionário da Vale que não estava no dia do acidente. Ele já retornou ao trabalho, mas em vez de se dedicar à tarefa da mineração, passa o tempo ajudando a procurar os corpos que seguem desaparecidos. "Esses dias. achei um pé. Essa imagem não sai da minha cabeça, não estou conseguindo dormir. O acompanhamento com psicóloga foi só no primeiro momento, agora não estamos tendo mais”, desabafou o trabalhador, que não terá a identidade revelada devido a possíveis represálias
A missionária Cida Peteck observa que a vida na cidade tem seguido o curso normal, no entanto, as pessoas estão ainda muito feridas com o ocorrido. “A viúva teve uma necessidade enorme de contar de como está se sentindo. Chorou o tempo todo, falando da falta que o marido está fazendo na vida dela e da filha. Contou da despedida quando ele saiu de manhã e não mais voltou. Que quando achou o corpo, falaram que ela tinha meia hora para se despediu. ‘Como se despedir de um marido de uma vida toda em meia hora?’”.
Fonte: Redação do SSVPBRASIL
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