O primeiro e segundo dia de 2017 foram marcados com a notícia do massacre no Complexo Penitenciário Anísio Jobin (Compaj), em Manaus (AM), onde 56 detentos morreram após briga entre duas facções. Esta é considerada a segunda maior chacina do sistema penitenciário brasileiro; a primeiro é a de Carandiru (SP), com 111 mortes. A matança comoveu o mundo, inclusive o papa Francisco, que se manifestou sobre o assunto durante uma audiência-geral no Vaticano. “Quero expressar tristeza e preocupação com o que aconteceu. Convido-vos a rezar pelos mortos, pelas suas famílias, por todos os detidos na prisão e por aqueles que trabalham nele".
O massacre no Compaj chama a atenção para um dado alarmante. Números levantados pelo site G1 mostram que no ano passado foram registradas 392 mortes em presídios brasileiros, ou seja, mais que um óbito por dia.
Incidentes assim só acontecem no Sistema Prisional comum. Paralelo a ele, um vicentino criou há 40 anos um modelo humanizado de tratamento aos presos, que já se espalhou por mais de 20 países e, que nesse tempo, nunca sequer houve uma rebelião. O confrade Mário Ottoboni, da área do Conselho Metropolitano de São José dos Campos, é o fundador da Associação de Proteção e Apoio ao Condenado (Apac).
Nas 150 unidades da Apac no país não há policiais. Presos avaliados por uma equipe multidisciplinar e considerados aptos a ingressarem no sistema cuidam da segurança do local, limpeza e alimentação. Têm ainda a oportunidade de trabalhar e estudar, o que acaba reduzindo a pena. “A missão da Apac é socializar o preso protegendo a sociedade. À medida que nós recuperamos um preso, é um bandido a menos nas ruas. A prisão não é para castigar; a prisão é para recuperar. Corrigir os erros transmitidos pela própria sociedade”, explica o confrade Mário Ottoboni em entrevista recente publicada na revista Boletim Brasileiro (para ler a matéria na íntegra, abra a edição janeiro-fevereiro nas páginas 3, 4 e 5).
O sistema prisional criado pelo vicentino tem taxas de recuperação surpreendentes. Enquanto no modelo tradicional a estimativa é de que ao final da pena, apenas 30% dos presos não voltem a cometer delitos, na Apac o índice é de 90%.
Ainda segundo o confrade, é dever do cristão olhar com caridade para essas pessoas que cometeram crimes. “Está escrito no Evangelho: ‘Estive preso e viestes me visitar’. Onde está o cristianismo se você abandona e acha que precisa matar um preso, precisa ter pena de morte? Toda forma de vida é propriedade de Deus e nós não temos autorização de Deus para matar nosso semelhante. Eu sou ferozmente contra a pena de morte, porque é entrar na área de Deus que é o dono da vida”.
Fonte: Redação do SSVPBRASIL
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