Temos enfrentado momentos de muitas notícias sensacionalistas, sem responsabilidade e até mesmo cruéis aparecendo a todo momento em redes sociais, canais televisivos, entre outros. Mas é preciso lembrar que cada um de nós é um comunicador. Assim, somos responsáveis por tudo aquilo que compartilhamos, divulgamos e até mesmo nas posições que tomamos.

Como cristãos, devemos buscar repassar mensagens que tragam esperança, a Boa Nova.

Em uma palestra ministrada por José Carlos Fineis, editor chefe do Jornal Cruzeiro do Sul, maior veículo impresso da cidade de Sorocaba/SP, o mesmo indicou que há registro do termo Fake News desde os anos de 1890.

Mas o que são Fake News? São notícias desvirtuadas, que muitas vezes têm a finalidade de atender interesses próprios. Como por exemplo, interesse político (alavancar ou prejudicar uma campanha), financeiro (recebimento de dividendos a partir da quantidade de acessos de uma notícia), entre outros.

Na era digital em que vivemos, onde cerca de 78% dos brasileiros se informam por meio de redes sociais, se torna imprescindível o cuidado na hora de divulgar ou compartilhar uma notícia.

É fato que o advento da internet trouxe muitas experiências benéficas, vejam, pessoas que muitas vezes não podem sair de casa por um motivo ou outro podem criar amizades virtuais, é possível reencontrar grandes amigos, estudar à distância, enfim, uma infinidade de oportunidades, mas dela pode decorrer a má utilização e até mesmo causar a devastação na vida das pessoas.

Em um ano de eleição como este, muitas Fake News (notícias falsas) invadirão a timeline (linha do tempo) das redes sociais e se espalharão como rastro de pólvora no whatsApp, isso para influenciar o eleitor. Muitas vezes induzindo as pessoas ao erro, já que, segundo pesquisas, cerca de 42% dos brasileiros confirmam que já compartilharam notícias falsas.  Assim sendo, todos somos corresponsáveis nessa cadeia.

A saída para quebrar esse ciclo é sempre checar a informação antes de compartilhar, ler entre duas ou três matérias de fontes confiáveis antes de repassar, desconfiar sempre daquilo que pareça muito fácil, prestar atenção nos erros ortográficos (em fontes confiáveis há revisores e isso quase não ocorre), verificar a data da reportagem, verificar se a URL (endereço do site) é verdadeira e o mais importante: NA DÚVIDA, NÃO COMPARTILHAR!

Outro termo abordado durante a palestra foi o fenômeno da Pós-verdade.

O termo Pós-verdade pode ser explicado como quando os fatos têm menos valor que a versão, ou seja, são as versões criadas a partir de notícias reais para atraírem a atenção, não necessariamente em concordância com a realidade.

É preciso ter ciência de que todos devem não somente ler aquilo em que acreditam ou que lhes é confortável; para se obter a realidade dos fatos, é necessário ver e ouvir os diversos lados, encontrar as contradições, e assim se posicionar de forma consciente e adequada.

Para se chegar à verdade é preciso dedicar tempo à pesquisa das informações, por isso, é imprescindível ter referências. É preciso valorizar o jornalismo sério, pois será ele que ajudará a todos na condução da verdade.

O ser humano é criativo ao infinito, atualmente foi descoberto o uso de programas que geram vídeos falsos com a imagem e som da própria pessoa, ou seja, uma total manipulação que se resume no desrespeito ao ser humano.

Todo cuidado é pouco, podemos ser influenciados e até mesmo ser injustos se acreditarmos em tudo que lemos.

Parafraseando Fineis: “Devemos buscar compartilhar o amor e com amor, do contrário, não compartilhemos nada”.

 

Consócia Patrícia Mocci

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