7 tradições da Missa do Domingo de Ramos e seus simbolismos

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O Domingo de Ramos marca o início da Semana Santa, a última semana de preparação antes da festa da Páscoa. No rito romano, a celebração da Missa de Ramos tem tradições particulares que a tornam muito diferente de uma missa dominical comum.

Muitas dessas tradições têm séculos. Suas raízes encontram-se na Igreja primitiva e nos acontecimentos relatados na Bíblia.

As diferenças dessa celebração têm como objetivo enriquecer a nossa celebração da Paixão de Jesus, imergindo-nos nos acontecimentos de uma forma única para ajudar nossas almas a refletir sobre a beleza e as riquezas do mistério pascal.

Aqui estão 7 dessas tradições e o simbolismo por trás delas.

1- Por que a Missa do Domingo de Ramos começa com uma procissão?

Além de imitar a procissão de Jesus em Jerusalém, a igreja é naturalmente um lugar que simboliza o céu, com a presença de Jesus na Eucaristia.

Ademais, muitas igrejas possuem uma série de degraus. Isso também tem simbolismo, pois elevam nossos olhos (e corações) a Deus, e também nos lembram da subida de Jesus ao Monte Calvário. O sacerdote assume esta função e ascende a um “místico” Monte Calvário para oferecer o sacrifício da Missa, participando no único sacrifício de Jesus na cruz.

2 – Por que usamos palmeiras ou outras plantas na procissão?

Os ramos representam os galhos que as pessoas usaram na entrada triunfal de Jesus em Jerusalém. “A multidão estendia os mantos pelo caminho, cortava ramos de árvores e espalhava-os pela estrada” (Mateus 21, 8).

Em essência, quando os ramos de palmeira não estão disponíveis, é perfeitamente aceitável encontrar qualquer tipo de ramo para ajudar a celebrar o Domingo de Ramos.

De fato, os ramos simbolizam a necessidade de entregar o nosso coração a Jesus, permitindo-lhe acesso ao nosso íntimo. É por isso que, mesmo que você não tenha ramos de nenhum tipo para sua celebração, você ainda pode participar do tema espiritual do Domingo de Ramos.

3 – Por que o padre usa vermelho?

O vermelho é a cor do sangue e simboliza o amor, o fogo, a paixão e o sangue do sacrifício. O vermelho é usado no Domingo de Ramos, na Sexta-feira Santa, em qualquer dia relacionado com a Paixão de Jesus, no Pentecostes e nas festas daqueles que morreram pela fé (mártires).

4 – Por que as imagens são cobertas?

Parece estranho que durante a época mais sagrada do ano os católicos cobrem tudo o que há de belo em suas igrejas, até mesmo o crucifixo. Não deveríamos estar olhando para a cena dolorosa no Calvário enquanto ouvimos a narrativa da Paixão no Domingo de Ramos?

Embora possa parecer contraditório cobrir estátuas e imagens durante a Quaresma, a Igreja Católica recomenda essa prática para aguçar nossos sentidos e construir dentro de nós um anseio pelo Domingo de Páscoa. É uma tradição que não deve acontecer apenas na nossa paróquia local, mas também pode ser uma atividade fecunda para a “igreja doméstica”.

5 – Por que a leitura do Evangelho é tão longa?

Para os católicos romanos, as leituras semanais da missa de domingo são extremamente curtas quando comparadas à narrativa da Paixão que é recitada (ou cantada) todos os anos no Domingo de Ramos. Isso torna o Domingo de Ramos um tanto difícil de assistir para aqueles que têm dificuldade em se posicionar para a proclamação do Evangelho inteiro.

No entanto, você sabia que todos os domingos eram assim na Igreja Primitiva?

Muitos dos primeiros cristãos eram judeus e, portanto, não surpreendentemente, modelaram sua liturgia nos serviços da sinagoga. Isso incluía uma leitura contínua da Sagrada Escritura que era realizada de uma semana para a outra.

6 – Por que a congregação participa da leitura da Paixão?

O Domingo de Ramos abre a Semana Santa com uma recitação solene da Paixão de Jesus, e normalmente cada pessoa tem um papel neste acontecimento. Quando celebrado em uma igreja, os paroquianos assumem o papel da multidão. Isso culmina com toda a congregação dizendo: “Crucifica-o! Crucifica-o!” Neste caso, reconhecemos o papel que nossos pecados têm na crucificação de Jesus e como Jesus sofreu e morreu por nós.

7 – O que fazer com os ramos abençoados?

Assim, como os filhos dos Hebreus com ramos de palmeira correram ao encontro de Jesus, somos também nós seus discípulos convidados a direcionar nossos passos e ações para Ele. Portanto, faça  o que quiser com os ramos, mas não os jogue fora! Eles são um lembrete deste chamado.

Fonte: Aleteia

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