Vicentina descreve alegria de servir nas obras de Santa Dulce

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A consócia Romélia é membro da Conferência São Jorge, em Salvador (BA)

As Obras Sociais Irmã Dulce, fundadas pela primeira santa nascida no Brasil, têm cerca de 300 voluntários. A consócia Romélia de Abreu França (63) está entre eles. A vicentina ajuda na Clínica de Ginecologia ‘D. Dulcinha’, onde faz serviços diversificados: transporta documentos, ajuda a levar pacientes de um prédio ao outro, organiza filas e atualiza os arquivos.

A vicentina é voluntária no local há 16 anos. Não chegou a conhecer Santa Dulce dos Pobres (falecida em 1992), porque na época quando a freira se dedicava aos trabalhos caritativos, Romélia estava afastada da Igreja.

A aproximação veio com o divórcio do marido. “É como se fala: se a gente não chega a Deus por amor, a gente chega pela dor. Eu precisava me sentir útil. Então, comecei a ajudar nas Obras Sociais”.

Romélia não tem salário. Mas ela diz que a satisfação de fazer o bem não tem dinheiro nenhum no mundo que pague. “É uma gratidão enorme. Saio de lá realizada. Não vou para ser remunerada e, sim, para ajudar o próximo”.

As atividades voluntárias são feitas de três a uma vez por semana, das 7 às 14h30.

CANONIZAÇÃO

Imagem da canonização de Santa Dulce, presidida pelo papa Francisco

Pela televisão, Romélia acompanhou a cerimônia de canonização de Irmã Dulce ontem (13). “Eu chorei muito. Foi lindo demais. Ela é muito parecida com São Vicente de Paulo e o bem-aventurado Antônio Frederico Ozanam, porque também amou os Pobres”, compara a membro da Conferência São Jorge.

Cerca de 50 mil pessoas acompanharam a cerimônia da canonização de Irmã Dulce, na Praça São Pedro, em Roma. Junto com o ‘Anjo Bom da Bahia’, também foram canonizados: o teólogo e cardeal inglês John Henry Newmann, um dos principais intelectuais cristãos do século 19; a religiosa italiana Giuseppina Vannini; a religiosa indiana Mariam Thresia Chiramel Mankidiyan; e a catequista suíça Margherita Bays.

OBRAS SOCIAIS

As Obras Sociais realizam 12 mil cirurgias e mais de dois milhões de atendimentos ambulatoriais por ano pelo SUS

As Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), instituição onde a consócia Romélia é voluntária, existem desde 1959. No entanto, a raiz da OSID é anterior, de 1949, quando a religiosa pediu autorização da Superiora dela para abrigar 70 enfermos em um galinheiro situado ao lado do Convento Santo Antônio, na cidade de Salvador.

Hoje, a instituição agrega 21 núcleos de assistência à população de baixa renda nas áreas de Saúde, Assistência Social, Pesquisa Científica e Educação.

RECONHECIMENTO VICENTINO

Ontem, o Conselho Nacional do Brasil da Sociedade de São Vicente de Paulo (CNB/SSVP) divulgou uma homenagem a Santa Dulce dos Pobres:

Fonte: Redação do SSVPBRASIL

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