Nosso Regulamento explica no art. 112, a partir da 4ª linha, que as Obras Unidas “destinam-se a atender as finalidades específicas complementares das atividades das Conferências…”. Ora, confrades e consócias, se as Obras Unidas da Sociedade de São Vicente de Paulo atendem a finalidade de complementar nossas atividades em nossas Conferências, por que muitas vezes nem sabemos da existência delas dentro dos nossos Conselhos Centrais?

As Obras Unidas têm como função atender casos de necessidades extremas, de acompanhamento diário, trabalho esse que muitas vezes foge às condições das Conferências. Essas Obras são como a última esperança para muitos de nossos idosos (asilos), crianças (creches/escolas) e outras pessoas necessitadas que passam pelos nossos hospitais, albergues, dentre outras obras administradas pela SSVP. Por essa razão, devem receber uma atenção especial por parte de todos que têm em seu Conselho Central uma Obra.

O art. 114, § 1º do Regulamento, sela definitivamente esse compromisso que devemos ter, quando determina que o presidente e o vice-presidente da Obra deverão ser associados com, no mínimo, 2 (dois) anos de atividade vicentina ininterrupta. Isso para nos lembrar que as Obras Unidas são vicentinas, são administradas por vicentinos e são um compromisso nosso!

Se muitas vezes enfrentamos problemas sérios de ordens administrativa e financeira nessas Obras, podem ocorrer por não assumirmos nosso verdadeiro compromisso. Falta ZELO, meus confrades e consócias, por parte de muitos de nós. No Novo Testamento, em Gl 6, 10, nos é dito que “¹ºPortanto, sempre que pudermos devemos fazer o bem a todos, especialmente aos que fazem parte da nossa família na fé”. Se a Bíblia e a Regra nos orientam, assumamos, então, nossa responsabilidade diante daqueles que São Vicente chamava de Nossos Mestres e Senhores: Reconhecemos diante de Deus que os pobres são nossos Senhores e Mestres e que somos indignos de lhes prestar nossos pequenos serviços” … (S.V.P. Coste 351). Pequenos serviços para nós, indignos, mas que para esses Pobres pode representar a última chance de terem uma vida mais digna.

Pelo nosso Regulamento (Regra), as Obras Unidas estão vinculadas aos Conselhos Centrais, inclusive seus presidentes são eleitos pelos membros natos destes Conselhos. Sendo assim, os membros dos Centrais e das Unidades Vicentinas a eles vinculados precisam estar mais perto dessas Obras, acompanhando-as no dia a dia, não somente como fiscalizadores, mas como colaboradores, orientadores, naquilo que for necessário, pois uma das funções dos Conselhos Centrais e dos vicentinos é estar a serviço delas. Para que este serviço efetivamente funcione, as Obras também precisam ver os vicentinos como aliados/parceiros, mantendo as portas da instituição sempre abertas a eles, afinal, estão ali com o único objetivo de ajudar.

Para concluir, podemos dizer que os Conselhos Centrais e seus membros precisam estar atentos aos trabalhos desenvolvidos pelas Obras Unidas, para que este trabalho esteja em sintonia com a Regra, assumindo suas responsabilidades administrativas e, em especial, vivendo o Carisma Vicentino e praticando a caridade tanto pregada por São Vicente e Ozanam.

 

Equipe nacional do Denor do CNB

 

 

 

 

 

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